sábado, 30 de janeiro de 2010

A Moralidade

"Quando nos falam em moralidade, dizemos: para um comunista, toda a moralidade, reside na disciplina da soliedariedade e união e na luta consciente das massas contra os exploradores."

(Lênin)

Moacyr Scliar e a indiferença dos Moradores de Rua

Moacyr Scliar e a indiferença dos Moradores de Rua

Fonte: http://agenciasubverta.blogspot.com/

Não é de hoje que o jornal Zero Hora, através de seus repórteres e colunistas, emite opiniões equivocadas sobre a população de rua de Porto Alegre. Dessa vez, foi um texto de Moacyr Scliar no caderno Donna de 27/12/2009 que me chamou a atenção (Abaixo, texto na íntegra e link para site ZH). Do alto de seu discernimento engaiolado por um carro, ele fala o que julga ser a verdade sobre as ruas. O texto tem como destaque inicial a seguinte frase: “Morar na rua é opção e resulta, sobretudo, de uma vida infeliz”. Parece que dizendo isso desconhece um dado importante, divulgado pelo Ministério das Cidades (baseado em uma pesquisa da Fundação João Pinheiro), de que o déficit habitacional no país é de 8 milhões de moradias, e que um dos problemas principais disso é a baixa renda familiar. Ainda assim, ele não ignora as estatísticas.

Primeiro Scliar utiliza um número divulgado pela FASC de que, em Porto Alegre, há cerca de 1.200 moradores de rua. Ora, qualquer observador mais atento (até mesmo de dentro do seu confortável carro), sabe que esse número é uma estimativa muito distante da realidade. Uma conversa com qualquer servidor da FASC, responsável por essas pesquisas (como a que fiz em 2007 enquanto escrevia uma reportagem sobre o tema), esclareceria que a população de rua é algo muito mais complexo do que simples números. Segundo, utiliza a chancela do livre arbítrio para afirmar que quem mora na rua o faz por opção, como resultado de uma vida infeliz. Infelicidade que, aliás, ele não define. O discurso de que alguém mora na rua por opção faz parte do mesmo pacote opinativo dos que dizem que desempregado é vagabundo, já que trabalho não falta.

Scliar vai além. Diz que existe uma condição básica para quem vive embaixo de viadutos (sim, já que a impressão que o colunista de ZH passa é de que moradores de rua só vivem nos viadutos, como na música francesa que inicia o texto). Para ele, é necessário ser indiferente. Sim! Moradores de rua precisam ser indiferentes, já que “para essas pessoas, aquilo que incomoda a classe média em absoluto não conta”. E daí ele segue, falando da falta de privacidade e excesso de barulhos, fatores que seriam enormes empecilhos para a vida que nós, classe média, levamos. Mas não eles, moradores de rua, já que têm essa magnífica qualidade, a indiferença, e outra ainda melhor, o livre arbítrio, pois puderam escolher morar na rua. Indispensável falar da necessária e relevante observação sobre o que, além da indiferença, ajuda os moradores de rua a dormir. Para ele “a cachaça atua como um sonífero poderoso”. Dizendo isso, parece que fez uma pesquisa pessoal e descobriu que absolutamente todos os moradores de rua bebem cachaça. Interessante.

Nós, pobre classe média, não somos tão evoluídos ao ponto de abrir mão da nossa confortável vida e escolher morar na rua. Mesmo tendo, muitas vezes, vidas infelizes, famílias destruídas, problemas de auto-estima, o que fazemos, nós os egoístas, é ir sofrer em Paris. É de lá que trazemos nosso aguçado olhar para, sem ser indiferente, perceber o que se passa embaixo dos viadutos. O mais interessante é que Moacyr Scliar consegue perceber todas essas coisas de dentro de seu carro! Não precisou sequer conversar com um morador de rua.

Se tivesse saído do carro, ele poderia ter conhecido a Dona Maria, uma senhora de seus 70 anos que vende panos de prato na Avenida Protásio Alves e não mora embaixo de um viaduto. Ela dorme na rua há alguns meses, pois o casebre onde morava, na periferia de Viamão, foi destruído pela chuva. Construído em área irregular, a prefeitura da cidade não deixou que ela o reerguesse. Solução: Dona Maria “escolheu” morar na rua. Será que classifico isso como infelicidade?

Mas e por que ela não vai para um albergue? Albergues são locais para dormir, e não morar (em Porto Alegre há apenas um que funciona durante o dia, a Casa de Convivência, e tem 70 vagas diárias). Aceitam um número limite de pessoas, que começam a fazer fila nos seus portões muito antes das 18h. Porto Alegre não tem leitos suficientes para o número real de moradores de rua da cidade. Muitos antes do sol raiar é preciso sair. E ainda, para completar a lista de facilidades, não se pode freqüentar o mesmo estabelecimento por muito tempo, variando de 15 a 30 dias o tempo de permanência. Foi por isso que, voluntariamente, Dona Maria “escolheu” morar na rua, embaixo das marquises, e não dos viadutos.

Afinal, quem é indiferente à realidade? Moradores de rua e sua escolha “voluntária” de existir bravamente onde lhes é possível, ou os observadores da classe média?

Thais Fernandes - Jornalista
(thaisfernandes67@yahoo.com.br)

Texto de Moacyr Scliar:
http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/donna/19,136,2757671,Moacyr-Scliar-A-vida-sob-os-viadutos.html

Acampamento da Juventude do Fórum Social Mundial e a idéia de...

- Protestem, mas dentro do cercadinho de vocês.
Se mantiverem-se na festinha e na drogadição apenas, melhor ainda.

ONU pede tratado para evitar uma 'guerra na internet'!

ONU pede tratado para evitar uma 'guerra na internet'

'Ciberguerra seria pior que tsunami, uma catástrofe', disse representante.
Para ONU, partes poderiam evitar lançar primeiro 'ciberataque' contra outra.

Da France Presse

O mundo precisa de um tratado para se defender dos ciberataques antes que eles se transformem em uma ciberguerra ou guerra na internet, declarou neste sábado (30) no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o chefe da agência de telecomunicações da ONU, Hamadoun Touré.

Os ataques contra o Google, ocorridos na China segundo o próprio site de busca norte-americano, entraram na pauta de discussões do Fórum Econômico Mundial, que termina neste domingo na estação de esqui dos Alpes suíços.

Sobre o tema, o secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Hamadoun Touré, disse que o risco de um conflito entre dois países através da internet aumenta a cada ano.

Com essa situação, Touré propôs um tratado no qual as partes se comprometam a não lançar um primeiro "ciberataque" contra outra.

"Uma ciberguerra seria pior que um tsunami, uma catástrofe", declarou Touré.

O acordo internacional "seria parecido com um tratado de guerra antes de uma guerra", acrescentou.

Entretanto, John Negroponte, ex-diretor da Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA) durante a administração de George W. Bush, disse que os serviços secretos das potências mundiais seriam os primeiros a "fazerem ressalvas" a essa idéia.

Já Susan Collins, uma senadora republicana e membro das comissões de Defesa e Interior no Senado norte-americano, estimou que a perspectiva de que um ataque através da internet desencadeie uma guerra deve ser feita agora em consideração a seu país.

"Se alguém bombardeia nossa rede elétrica e vemos os responsáveis fazerem isso, claramente é um ato de guerra", assinalou.

"Se o mesmo país utiliza computadores sofisticados para desativar a nossa rede elétrica, creio realmente que não estamos longe de dizer que se trata de uma guerra", acrescentou.

Segundo Craig Mundie, diretor de investigação da Microsoft, "há menos de dez países no mundo cuja capacidade informática é sofisticada o suficiente para produzir ciberataques, que podem ainda fazer com que eles pareçam vindos de qualquer parte".

China, Estados Unidos e Rússia são parte dos 20 países que se encontram envolvidos em uma corrida armamentista no ciberespaço e que se preparam para possíveis hostilidades via internet, indicou na quinta-feira em Davos o presidente da companhia de segurança de rede McAfee, Dave DeWalt.

Para a McAfee, o recente ataque contra o Google ilustra a mudança de infraestrutura dos governos em matéria de espionagem e ataques em uma ofensiva que é "comercial por natureza".

O último informe da McAfee, que guarda informações de cerca de 600 empresas de telecomunicações e informática, revelou que 60% dos consultados acreditam que representantes de governos estrangeiros estejam envolvidos em operações para invadir suas estruturas.

Cerca de 36% afirmaram que os Estados Unidos são a maior ameaça, seguido por 33% que citam a China.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL1469914-6174,00-ONU+PEDE+TRATADO+PARA+EVITAR+UMA+GUERRA+NA+INTERNET.html


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Encontro da Juventude do Campo e da Cidade

25 a 29 de Janeiro - FÓRUM SOCIAL MUNDIAL na região metropolitana de Porto Alegre


25 a 29 de Janeiro - FÓRUM SOCIAL MUNDIAL na região metropolitana de Porto Alegre

(*orgasmos múltiplos de felicidade*)

The End


The End
(The Doors)

This is the end
Beautiful friend
This is the end
My only friend, the end
Of our elaborate plans, the end
Of everything that stands, the end
No safety or surprise, the end
I'll never look into your eyes...again
Can you picture what will be
So limitless and free
Desperately in need...of some...stranger's hand
In a...desperate land ?

Lost in a Roman...wilderness of pain
And all the children are insane
All the children are insane
Waiting for the summer rain, yeah
There's danger on the edge of town
Ride the King's highway, baby
Weird scenes inside the gold mine
Ride the highway west, baby
Ride the snake, ride the snake
To the lake, the ancient lake, baby
The snake is long, seven miles
Ride the snake...he's old, and his skin is cold
The west is the best
The west is the best
Get here, and we'll do the rest
The blue bus is callin' us
The blue bus is callin' us
Driver, where you taken' us ?

The killer awoke before dawn, he put his boots on
He took a face from the ancient gallery
And he walked on down the hall
He went into the room where his sister lived, and...then he
Paid a visit to his brother, and then he
He walked on down the hall, and
And he came to a door...and he looked inside
"Father ?", "yes son", "I want to kill you"
"Mother...I want to...fuck you"

C'mon baby, take a chance with us
And meet me at the back of the blue bus
Doin' a blue rock, On a blue bus
Doin' a blue rock, C'mon, yeah
Kill, kill, kill, kill, kill, kill

This is the end, Beautiful friend
This is the end, My only friend, the end
It hurts to set you free
But you'll never follow me
The end of laughter and soft lies
The end of nights we tried to die
This is the end

Como o Dinheiro se transforma em Capital


Capítulo IV

Como o Dinheiro se transforma em Capital


A circulação de mercadorias é o ponto de partida do Capital. A produção de mercadorias e o comércio constituem as condições históricas que dão origem ao Capital.

Todo Capital, surge no mercado de mercadorias, de trabalho ou dinheiro, sob a forma de dinheiro que, através de determinados processos, tem de transformar-se em Capital.

O dinheiro que é apenas dinheiro se distingue do dinheiro que é Capital, através das diferenças nas suas formas de circulação.

A forma simples da circulação das mercadorias é M-D-M. Trata-se de vender para comprar. Ao lado dela, encontramos uma estrutura especificamente diversa, D-M-D, conversão de dinheiro em mercadoria e, reconversão de mercadoria em dinheiro, trata-se de comprar para vender.

O dinheiro que se movimenta de acordo com esta última forma de circulação, transforma-se em Capital, vira Capital, por sua destinação, é Capital.

O que faz a unidade de ambas as fases é o movimento conjunto em que se permuta dinheiro por mercadoria e a mesma mercadoria, por dinheiro. O resultado final de todo o processo, é a troca de dinheiro por dinheiro: D-D.

É evidente que a circulação D-M-D seria absurda e sem sentido, se o objetivo dela fosse permutar, por exemplo, 100 Reais por 100 Reais. O objetivo de tal forma de circulação é que o dinheiro final seja maior que o dinheiro inicial.

EX: D - M - D

100 120

M-D-M para D-M-D não seja meramente formal, mas também substancial.”

A circulação simples começa com a venda e termina com a compra, na circulação de dinheiro como Capital, começa com a compra e termina com a venda. No primeiro caso, é a mercadoria e, no segundo, o dinheiro, o ponto de partida e o ponto de chegada. Na primeira forma de movimento, serve o dinheiro de intermediário, na segunda, a mercadoria.

Na circulação M-D-M, o dispêndio de dinheiro nada tem a ver com o seu retorno, já em D-M-D, a volta do dinheiro é determinada pela maneira como foi despendido.

No circuito M-D-M, ponto de partida e de chegada é um valor-de-uso. No circuito D-M-D, o ponto de partida e de chegada, é o valor-de-troca.

Na circulação simples, o ponto de partida e o de chegada diferem qualitativamente entre si. Na circulação do dinheiro em sua forma de Capital, as diferenças entre o ponto de partida e o de chegada diferem quantitativamente. No final, se retira mais dinheiro da circulação, do que se lançou nela, no início.

O casaco comprado por 100 Reais será vendido por 100+20, 120 Reais, portanto.

A forma completa do movimento de transformação do dinheiro em capital, é a seguinte: D-M-D’ em que D’= D+XD.

Esse acréscimo de valor chama-se MAIS VALIA.

Na compra para a venda (D-M-D), o começo e o fim são os mesmos, dinheiro, valor-de-troca e, por isso mesmo, o movimento não tem fim, D torna-se D+XD.

O Dinheiro encerra o movimento apenas para reiniciá-lo de forma ampliada novamente.

A circulação de dinheiro como Capital tem sua finalidade em si mesma, pois a expansão de valor só existe neste movimento continuamente renovado de forma ampliada. Por isso, o movimento do Capital não tem limites.

Como representante consciente desse movimento, o possuidor do dinheiro torna-se capitalista. Enquanto a apropriação crescente da riqueza abstrata for o único motivo que determina as suas ações, existirá ele como personificação do Capital.

Se o dinheiro não assumir a forma de mercadoria, ele não irá se transformar em Capital.

Se na circulação simples, o valor das mercadorias adquire, no máximo, a forma independente de dinheiro, na circulação de Capital, esse valor se revela subitamente uma substância que tem um desenvolvimento, um movimento próprio.

Com relação a valor-de-uso, pode-se dizer que a troca é uma transação em que ambas as partes ganham.

Com o valor-de-troca é diferente.

Desde que a circulação de mercadorias só implica mudança na forma do valor, determina ela, quando o fenômeno ocorre em sua pureza, troca de equivalentes. Se ambos os participantes podem ganhar com a relação de valor-de-uso, não ocorre o mesmo com a relação de valor-de-troca.

Trocam-se mercadorias ou mercadorias e dinheiro de igual valor de troca, portanto equivalentes, não se tira nada a mais da circulação do que o que nela se lança. Não ocorre nenhuma formação de valor excedente.

A formação da mais valia e, portanto, a transformação de dinheiro em Capital, não pode ser explicada, por o vendedor vender as mercadorias acima do valor, nem por o comprador comprá-las abaixo do seu valor real.

Na circulação, produtores e consumidores confrontam-se apenas como vendedores e compradores. Afirmar que o valor excedente para o produtor provém de o consumidor pagar a mercadoria acima de seu valor, equivale a dissimular as condições objetivas. Não se dá um passo à frente por saber que o possuidor da mercadoria, vende a mercadoria acima do seu valor.

O resultado permanece o mesmo. Se são trocados equivalentes não se produzem valor excedente, e se são trocados não-equivalentes, também não surgem nenhum valor excedente. A circulação ou a troca de mercadorias não gera nenhum valor excedente.

O Capital não se origina só na esfera da circulação, mas também não se origina apenas fora dela. Deve, ao mesmo tempo, ter e não ter nela a sua origem.

Portanto, a transformação de dinheiro em Capital tem de ser explicada à base das leis imanentes da troca de mercadorias, e desse modo, a troca de equivalentes serve de ponto de partida.

A mudança do valor do dinheiro que se pretende transformar em Capital, não pode ocorrer no próprio dinheiro. Tampouco pode a mudança de valor ocorrer no segundo ato da circulação, na revenda da mercadoria, pois este ato apenas reconverte a mercadoria de sua forma natural em sua forma dinheiro.

Para extrair valor do consumo de uma mercadoria, o possuidor do dinheiro tem de descobrir, dentro da esfera da circulação, no mercado, uma mercadoria cujo valor-de-uso possua a propriedade peculiar, de ser fonte de valor, de modo que consumi-la seja realmente encarnar trabalho, criar valor. E o possuidor de dinheiro encontra essa mercadoria especial: é a capacidade de trabalho ou a força de trabalho.

A força de trabalho só pode aparecer como mercadoria, enquanto for e por ser oferecida ou vendida como mercadoria pelo seu próprio possuidor, pela pessoa da qual ele é força de trabalho.

O possuidor do dinheiro e o possuidor da força de trabalho encontram-se no mercado e entram em relação um com o outro como possuidores de mercadoria. A continuidade dessa relação exige que o possuidor da força de trabalho a venda sempre por tempo determinado, pois se a vende de uma vez por todas, vender-se-á a si mesmo, e transformar-se-á de homem livre em escravo, de um vendedor de mercadoria em mercadoria.

Outra condição: o dono da força de trabalho não pode vender mercadorias em que encarne seu trabalho, e é forçado a vender sua força de trabalho, que só existe nele mesmo.

Para transformar dinheiro em Capital, o possuidor do dinheiro tem de encontrar o trabalhador livre no mercado. O trabalhador deve ser livre em dois sentidos: 1) dispor de sua força de trabalho como mercadoria e 2) estar inteiramente despojado de todas as coisas necessárias à materialização da sua força de trabalho (o trabalhador deve confrontar-se com os meios de produção de forma alienada).

As condições historicamente necessárias para a existência do Capital, não se concretizam por haver apenas circulação de mercadorias e dinheiro, o Capital só aparece quando o possuidor de meios de produção e de subsistência encontra o trabalhador livre no mercado vendendo sua força de trabalho.

Como qualquer outra mercadoria, o valor da força de trabalho é determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário para a sua produção e, por conseqüência, para a sua reprodução. Para manter-se, precisa o indivíduo de certa soma de meios de subsistência. O tempo de trabalho necessário para a produção da força de trabalho reduz-se, portanto, ao tempo de trabalho necessário à produção desses meios de subsistência, ou o valor da força de trabalho é o valor dos meios de subsistência necessários à manutenção da vida de seu possuidor.

A soma dos meios de subsistência necessários à produção da força de trabalho inclui também os meios de subsistência dos substitutos dos trabalhadores, os seus filhos, de modo que se perpetue no mercado essa espécie peculiar de possuidores de mercadorias.

Os custos da qualificação da força de trabalho, como educação, também entram nos custos necessários para a sua produção.

A força de trabalho só é paga depois de ter funcionado durante o prazo previsto no contrato de sua compra. Vende-se a força de trabalho pra ser paga depois.

O processo de consumo da força de trabalho é, ao mesmo tempo, o processo de produção das mercadorias e de valor excedente (mais valia).

O consumo da força de trabalho, como de qualquer outra mercadoria, realiza-se fora do mercado, fora da circulação. Por isso, abandonaremos essa esfera ruidosa, onde tudo ocorre na superfície, para agora entender esse processo no seu devido lugar: na Produção. Veremos aí como o Capital produz e também é produzido.


~


Depois de procurar infinitamente (por 15 minutos) algum resumo de O Capital, de Marx, pela internet e ver que NÃO há (completinho, ao menos) resolvi prestar esse serviço à humanidade – grande coisa, mas alguém tinha que fazer.

Os capítulos não estarão em ordem, meu saco não é tão grande assim. :)

domingo, 17 de janeiro de 2010

Haiti 2010









A natureza e a injustiça social mostram os anos de exploração capitalista irracional sobre o planeta e sobre os povos.
E é impressão ou os EUA estão usando o terremoto para ocupar o Haiti?
Na próxima posto um texto - sem muito tempo agora e ainda sou da teoria que muitas vezes a imagem fala mais que um livro comprido.


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

No terceiro dia, viu sua mulher e filhos...

"O que lhe ocorreu na primeira vez em que descarregou os cadáveres,
quando se abriram as portas de seu primeiro caminhão a gás?
O que ele podia fazer? Chorava…
No terceiro dia, viu sua mulher e filhos,
Depôs sua mulher na fossa e pediu que o matassem.
Os alemães lhe disseram que ainda tinha forças para trabalhar
e que por ora não o matariam."

(Mordechaï Podchlebnik)


MULHER!

Mulher:
Se te ensinaram a ter uma voz macia,
A amar com paixão,
A cuidar com carinho,
- Isso não precisa ser um problema!
Mas se sua voz se cala diante de outra mais forte,
Se o amor vira submissão,
E se o cuidado impede a luta...
- Nem que seja por um momento!
Pode ser necessário gritar,
Odiar,
E criticar com firmeza:
Por amor.
(Lira Alli)




Bocage


"Razão, de que me serve o teu socorro?
Mandas-me não amar, eu ardo, eu amo;
Dizes-me que sossegue, eu peno, eu morro."

(Bocage)


um coração maior que o mundo


"Eu tenho um coração maior que o mundo,
tu, formosa Marília bem o sabes:
um coração, e basta,
onde tu mesma cabes."

(Tomás Antônio Gonzaga)