terça-feira, 27 de abril de 2010

aiai...

E cá estou eu, tal qual Madame Butterfly de Puccini
Esperando notícias da metrópole que há muito esqueceu seus laços;
Tal qual Johnny Cash, com o cigarro terminando no canto da boca, a cerveja quente
Fazendo chorar as teclas do piano, ou, do computador;
Um Caio Fernando Abreu que, detrito pós-moderno, afogado em si
ainda espera o beijo capaz de redimi-lo;
Um Bukowski cafajeste, bêbado, sujo
Desesperançado, desencontrado;
Romeu desesperado pensando em como ver Julieta;
Frida despedaçada entre a revolução e a distração;
A valsa de Amelie Poulain recolhendo pedacinhos
sobre seu amor;
Cordel do Fogo Encantado acabado sem antes ver
os óin do seu amor que são dois jarrinho de flor que todo mundo quer cheirar;
E eu quero você, um pouquinho mais, tanto e tanto... como eu posso fechar essa porta tendo ainda essa vontade tão grande na boca?

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segunda-feira, 19 de abril de 2010

e como eu esperava...


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“Então eu te disse que o que me doíam essas esperas, esses chamados que não vinham e quando vinham sempre e nunca traziam nem a palavra e às vezes nem a pessoa exatas. E que eu me recriminava por estar sempre esperando que nada fosse como eu esperava, ainda que soubesse.”

(Caio Fernando Abreu)

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Foto: Yann Tiersen, músico - combina com o post

...como você me dói de vez em quando.


"... sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois, se eu me comovia vendo você ,pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo - meu Deus como você me doía de vez em quando - eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça então os meus braços não vão ser suficientes pra abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando meu deus como você me dói de vez em quando."

(Caio Fernando Abreu)

terça-feira, 13 de abril de 2010

Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária

O QUE QUEREMOS NA NOSSA JORNADA

Jaime Amorim

ABRIL É MÊS DE LUTA pela Reforma Agrária, quando a sua bandeira é fincada nos latifúndios e tremula nas ruas das cidades.

Um projeto que tem necessariamente que resolver dois problemas históricos, que emperram as transformações do Brasil: a estrutura agrária injusta (concentradora de terra, de riqueza e poder político), e o modelo de desenvolvimento (que sempre produziu monocultura para exportação).

Vamos trazer presente na nossa Jornada que a Reforma Agrária é um projeto de interesse de toda a sociedade, e não apenas uma disputa entre os pobres sem-terra despossuídos e os abastados latifundiários.

Se do ponto de vista do desenvolvimento capitalista a Reforma Agrária foi descartada, para nós, Sem Terra, ela continua indispensável.

Abril também é mês de apresentar propostas para o Estado. Em sintonia, temos que aproveitar a força das lutas para negociar com bancos, prefeitos, governos estaduais e federal, superintendências do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) nos estados e em Brasília.

São as conquistas econômicas concretas e conquistas políticas que fazem avançar a luta pela Reforma Agrária.

Vamos retomar os pontos de pauta de agosto do ano passado, quando realizamos marchas, lutas e montamos o Acampamento Nacional em Brasília. O conjunto do governo se comprometeu publicamente em cumprir com o acordado. Confiantes no acordo, desmobilizamos o Acampamento. Temos, agora, que retomar os pontos pendentes:

1. Atualização dos índices de produtividade

Lembrar o governo da dívida e do compromisso assumido publicamente nas negociações de agosto. O compromisso era fazer a atualização até o final do ano passado. Vamos cobrar o governo para que o compromisso seja cumprido.

2. Orçamento do Incra para a Reforma Agrária

O governo prometeu complementar o orçamento de 2009 em R$ 380 milhões para desapropriação de terras. Além de o governo não cumprir, deixou de aplicar R$ 190 milhões de um pacote de áreas que já estavam encaminhadas para imissão de posse, no final de dezembro.

Vamos reivindicar que o governo encaminhe com urgência ao Congresso um projeto de lei para o suplemento orçamentário para obtenção de terras neste ano.

Como não foi feito, o orçamento de 2010 foi reduzido para apenas R$ 480 milhões e está comprometido com áreas desapropriadas no ano passado. Portanto, para que o Incra possa responder a uma meta mínima, necessita de um suplemento orçamentário de pelo menos R$ 1,3 bilhões.

3. Assentamento das famílias acampadas do MST

Apesar das tentativas da burguesia de criminalizar a nossa luta, ainda temos mais de 90 mil famílias acampadas. O governo assumiu em 2003 o compromisso de assentar todas as famílias acampadas. Isso é prioritário. Aí está a essência do enfrentamento ao latifúndio. As nossas propostas são as seguintes:

a) Priorizar desapropriações de terras para o assentamento de todas as famílias acampadas do MST, conforme as negociações de agosto. Das 8 mil famílias novas assentadas em 2009, o nosso Movimento praticamente não foi contemplado. Aliás, esse número explicita claramente a falta de prioridade do governo.

b) Garantir recursos para as superintendências nos estados planejarem metas de vistoria e avaliações de imóveis para desapropriações, além de condições para manter as equipes técnicas em campo.

c) Priorizar o assentamento de novas famílias nas regiões de maiores conflitos e de maior mobilização, onde se concentram as famílias acampadas.

4. Crédito para Implantação

Mesmo com avanços importantes em função das mobilizações nacionais, principalmente com os chamados Créditos de Instalação (fomento, apoio mulher, habitação e semiárido), as dificuldades atuais estão na aplicação dos recursos.

A maioria dos servidores do Incra tem engessado o processo de aplicação dos créditos, que tem também aumentado consideravelmente os custos e a necessidade de funcionários. Esses servidores públicos poderiam atuar em outras atividades, ampliando consideravelmente a capacidade de operação.

Vamos fazer duas propostas: a edição de uma portaria para desburocratizar a aplicação desses créditos, garantindo mais rapidez e agilidade; e o estabelecimento da unificação dos procedimentos operacionais e repasse para as superintendências.

No caso do fomento de apoio às mulheres assentadas, o crédito foi regulamentado e, desde 2000, todas têm esse direito garantido. No entanto, a maiorias das secretarias regionais do Incra não aplicaram nenhum crédito dessa modalidade.

5. Crédito de investimentos e custeio

Infelizmente, as nossas propostas de criação de uma modalidade de crédito de investimento que se adaptasse à realidade dos assentamentos não foram atendidas.

O governo mantém os assentados na linha “A” do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que é insuficiente, não atende às necessidades e criou uma geração de inadimplentes. Até agora, a opção do governo tem sido apenas fazer ajustes.

É necessário continuar a pressão para que os assentados tenham uma linha de crédito específica. No entanto, vamos construir uma alternativa de negociação, propondo perdão ou anistia a todas as dívidas dos assentamentos, para que as famílias possam acessar novo crédito.

Vamos cobrar também a regulamentação do Programa de Assistência Técnica e do Pronera, além de outros pontos específicos. A partir dessa Jornada, devemos nos preparar para apresentar propostas para mobilizar o conjunto da sociedade para, num futuro bem próximo, garantirmos a realização da Reforma Agrária, como determina a Constituição.

Jaime Amorim é integrante da Coordenação Nacional do MST.

(Jornal Sem Terra, edição 302)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

BASTARDOS INGLÓRIOS!

BASTARDOS INGLÓRIOS!!!

Muito se fala sobre as forças de ocupação dos Estados Unidos. Ubu Graib, torturas, prisões ilegais, excessos, todo tipo de acusação contra esses rapazes que só estão por lá para lutar pela liberdade. Preocupado com a imagem americana, artistas da Coreia do Norte criaram estes simpáticos quadros para exaltar todas as maravilhas e benfeitoras realizadas pelo exército etadunidense:

Americanos construindo casas populares para os desabrigados. Nos terrítórios sob os cuidados dos EUA ninguém dorme ao relento!

Preocupados com a saúde da população, aqui vemos soldados americanos realizando ginástica laboral e fisioterapia.

Calefação grátis!!! Em territórios sob o comando americano ninguém sente frio!

Crianças em primeiro lugar!! Creches e Daycares são uma regra em todo território sob a tutela americana!

Imagem emocionante de um soldado ameriano ajudando a colocar as crianças para dormir.

Americanos prestando serviços comunitários. Aqui temos um barbeiro cortando o cabelo de um popular!

Brincadeiras divertidas por toda parte! Aqui vemos uma turma contente brincando de bunguee jump!

Lazer também tem vez!! Passeios pela cidade são realizados todos os domingos!!

Toda a tecnologia da medicina americana a serviço da população!! Aqui um tratamento contra piolhos!!

Americanos distribuindo cãezinhos pra população. Todo mundo precisa de um melhor amigo, ?

Criança brinca de esconde-esconde com os soldados! Que fofo!

Serviços de dentista e ortodontista são oferecidos gratuitamente. Aqui, uma feliz senhora realiza um tratamento de canal!

Fonte: www.perolasparaporcos.com