domingo, 28 de agosto de 2011

...não saber se deve esperar ou esquecer é a pior das dores."

"Esperar dói. Esquecer dói. Mas não saber se deve esperar ou esquecer é a pior das dores."

-Caio Fernando de Abreu

Imagem do filme "Amor nos tempos do cólera".

terça-feira, 9 de agosto de 2011

...de memórias de uma gueixa.

"Uma história como a minha nunca deveria ser contada, pois o meu mundo é tão proibido como delicado. Sem os seus mistérios, não pode sobreviver. Com certeza não nasci para levar uma vida de gueixa. Como tantas outras coisas da minha estranha vida, fui levada pela corrente. Quando descobri que a minha mãe estava doente, meu pai atirou o pescado de volta ao mar. Naquela noite, passamos fome para compreender o vazio de que ele nos falou. A mãe sempre disse que a minha irmã Satsu era como a madeira, enraizada na terra como uma árvore. Mas disse-me que eu era como a água. A água consegue encontrar o seu caminho, mesmo por entre as rochas e, quando encurralada, a água cria um novo caminho."


"Não podemos dizer ao sol: mais sol!; ou à chuva: menos chuva!. Para um homem, uma gueixa pode ser apenas meia mulher. Somos as mulheres do anoitecer. E, ainda assim, para aprender o que é a amabilidade, somente depois de tanta crueldade para perceber que uma garotinha, com mais coragem do que pensava, viu suas preces atendidas. Não poderemos chamar a isso felicidade? Afinal de contas, estas não são as memórias de uma imperatriz, nem de uma rainha...Estas são memórias de uma outra espécie."


Original:

"O coração morre, uma morte lenta.
A esperança cai como folhas...
Até que um dia não sobra esperança
alguma... nada permanece.

Ela pinta o rosto para escondê-lo.
Seus olhos de águas profundas.

As gueixas não podem querer.
Não podem sentir...
As gueixas são artistas do
mundo flutuante...
Ela dança, ela canta,
Ela o entretem...
O que você quiser.
O resto é sombra,
o resto é segredo"
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