
"...They give you masks and costumes and an outline of the story... Then leave you all to improvise their vicious cabaret." (V for Vendetta)
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Happy Birthday, Mumia Abu Jamal
terça-feira, 26 de abril de 2011
...sente-se rapidamente a tentação de as infringir.
percorro teu pequeno infinito

domingo, 24 de abril de 2011
...amaríamos uns aos outros.
Tudo que parece meio bobo é sempre muito bonito.

todos os deputados deviam ser presos, não?
terça-feira, 19 de abril de 2011
há um pássaro azul no meu coração

...como tudo se torna mais fácil.
terça-feira, 12 de abril de 2011
segunda-feira, 4 de abril de 2011
A subversão do gênero - Há 100 anos, Marie Curie ganhava seu segundo Prêmio Nobel, o de Química
Em 1911 Marie Curie ganhou o Prêmio Nobel de Química pelos trabalhos sobre radioatividade – nome proposto por ela em 1898 –, pela descoberta dos elementos polônio e rádio e por ter isolado o rádio. Foi a sua segunda láurea. A primeira ocorreu em 1903, quando recebeu o Nobel de Física junto com o marido Pierre e Henri Becquerel, pelos estudos sobre radioatividade espontânea. Madame Curie foi pioneira em muitas outras frentes. É até hoje a única pessoa a receber duas vezes o Nobel em áreas diferentes da ciência. Foi a primeira mulher doutora em ciências físicas, a primeira professora universitária da França e coordenadora de um laboratório no país e a primeira a ganhar uma cátedra na Universidade de Sorbonne. “Suas descobertas inquestionáveis transformaram duas áreas, a física e a química”, observa o físico Vanderlei Salvador Bagnato, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), de São Carlos.
Os 100 anos do segundo Nobel de Marie Curie entrarão no rol das comemorações de 2011, escolhido pelas Nações Unidas como o Ano Internacional da Química este mês, em 8 de março, se comemora também o Dia Internacional da Mulher. Há décadas a cientista simboliza o sucesso e a competência feminina em áreas com grande predominância masculina, como a química e a física. Suas lutas e tropeços, no entanto, são um pouco menos conhecidos.
Madame Curie (1867- 1934) nasceu em Varsóvia, capital da Polônia então ocupada pela Rússia, como Maria Sklodowska. Completou os estudos do ensino médio e frequentou centros clandestinos de ensino para mulheres, uma vez que os russos só admitiam homens nas universidades. Maria queria continuar estudando e ambicionava um doutorado. Em 1891 partiu para Paris e foi aceita na Universidade de Sorbonne onde se graduou em física e matemática. No período, conheceu e casou com o físico Pierre Curie em 1895. Virou, então, Marie Curie.
Depois o Dr. House que é mau...
Lungaretti: os médicos aliados à ditadura militar
"Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higéia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue...
sábado, 2 de abril de 2011
Roberto Carlos e a Ditadura

As datas, os aniversários, têm um poder evocativo muito forte. Esta semana me veio de súbito uma pergunta: que música seria mais representativa do golpe militar de 64? Quais canções, que músico seria mais representativo daqueles anos inaugurados em um primeiro de abril?
Dez Conselhos para os Militantes de Esquerda
(Frei Betto)
1. Mantenha viva a indignação.
Verifique periodicamente se você é mesmo de esquerda. Adote o critério de Norberto Bobbio: a direita considera a desigualdade social tão natural quanto a diferença entre o dia e a noite. A esquerda encara-a como uma aberração a ser erradicada.
Cuidado: você pode estar contaminado pelo vírus social-democrata, cujos principais sintomas são usar métodos de direita para obter conquistas de esquerda e, em caso de conflito, desagradar aos pequenos para não ficar mal com os grandes.
2. A cabeça pensa onde os pés pisam.
Não dá para ser de esquerda sem "sujar" os sapatos lá onde o povo vive, luta, sofre, alegra-se e celebra suas crenças e vitórias. Teoria sem prática é fazer o jogo da direita.
3. Não se envergonhe de acreditar no socialismo.
O escândalo da Inquisição não faz os cristãos abandonarem os valores e as propostas do Evangelho. Do mesmo modo, o fracasso do socialismo no Leste europeu não deve induzi-lo a descartar o socialismo do horizonte da história humana.
O capitalismo, vigente há 200 anos, fracassou para a maioria da população mundial. Hoje, somos 6 bilhões de habitantes.
Segundo o Banco Mundial, 2,8 bilhões sobrevivem com menos de US$ 2 por dia. E 1,2 bilhão, com menos de US$ 1 por dia. A globalização da miséria só não é maior graças ao socialismo chinês que, malgrado seus erros, assegura alimentação, saúde e educação a 1,2 bilhão de pessoas.
4. Seja crítico sem perder a autocrítica.
Muitos militantes de esquerda mudam de lado quando começam a catar piolho em cabeça de alfinete. Preteridos do poder, tornam-se amargos e acusam os seus companheiros(as) de erros e vacilações. Como diz Jesus, vêem o cisco do olho do outro, mas não o camelo no próprio olho. Nem se engajam para melhorar as coisas. Ficam como meros espectadores e juízes e, aos poucos, são cooptados pelo sistema.
Autocrítica não é só admitir os próprios erros. É admitir ser criticado pelos(as) companheiros(as).
5. Saiba a diferença entre militante e "militonto".
"Militonto" é aquele que se gaba de estar em tudo, participar de todos os eventos e movimentos, atuar em todas as frentes. Sua linguagem é repleta de chavões e os efeitos de sua ação são superficiais.
O militante aprofunda seus vínculos com o povo, estuda, reflete, medita; qualifica-se numa determinada forma e área de atuação ou atividade, valoriza os vínculos orgânicos e os projetos comunitários.
6. Seja rigoroso na ética da militância.
A esquerda age por princípios. A direita, por interesses. Um militante de esquerda pode perder tudo – a liberdade, o emprego, a vida. Menos a moral. Ao desmoralizar-se, desmoraliza a causa que defende e encarna. Presta um inestimável serviço à direita.
Há pelegos disfarçados de militante de esquerda. É o sujeito que se engaja visando, em primeiro lugar, sua ascensão ao poder. Em nome de uma causa coletiva, busca primeiro seu interesse pessoal.
O verdadeiro militante – como Jesus, Gandhi, Che Guevara – é um servidor, disposto a dar a própria vida para que outros tenham vida. Não se sente humilhado por não estar no poder, ou orgulhoso ao estar. Ele não se confunde com a função que ocupa.
7. Alimente-se na tradição da esquerda.
É preciso oração para cultivar a fé, carinho para nutrir o amor do casal, "voltar às fontes" para manter acesa a mística da militância. Conheça a história da esquerda, leia (auto)biografias, como o "Diário do Che na Bolívia", e romances como "A Mãe", de Gorki, ou "As Vinhas de Ira", de Steinbeck.
8. Prefira o risco de errar com os pobres a ter a pretensão de acertar sem eles.
Conviver com os pobres não é fácil. Primeiro, há a tendência de idealizá-los. Depois, descobre-se que entre eles há os mesmos vícios encontrados nas demais classes sociais. Eles não são melhores nem piores que os demais seres humanos. A diferença é que são pobres, ou seja, pessoas privadas injusta e involuntariamente dos bens essenciais à vida digna. Por isso, estamos ao lado deles. Por uma questão de justiça.
Um militante de esquerda jamais negocia os direitos dos pobres e sabe aprender com eles.
9. Defenda sempre o oprimido, ainda que aparentemente ele não tenha razão.
São tantos os sofrimentos dos pobres do mundo que não se pode esperar deles atitudes que nem sempre aparecem na vida daqueles que tiveram uma educação refinada.
Em todos os setores da sociedade há corruptos e bandidos. A diferença é que, na elite, a corrupção se faz com a proteção da lei e os bandidos são defendidos por mecanismos econômicos sofisticados, que permitem que um especulador leve uma nação inteira à penúria.
A vida é o dom maior de Deus. A existência da pobreza clama aos céus. Não espere jamais ser compreendido por quem favorece a opressão dos pobres.
10. Faça da oração um antídoto contra a alienação.
Orar é deixar-se questionar pelo Espírito de Deus. Muitas vezes deixamos de rezar para não ouvir o apelo divino que exige a nossa conversão, isto é, a mudança de rumo na vida. Falamos como militantes e vivemos como burgueses, acomodados ou na cômoda posição de juízes de quem luta.
Orar é permitir que Deus subverta a nossa existência, ensinando-nos a amar assim como Jesus amava, libertadoramente.
Obs. não pretendo começar a orar, mas as outras dicas são ótimas! :)