domingo, 27 de dezembro de 2009

Bauman-zeando.

Depois de longos dias afogada em textos sobre o trabalho, sobre cultura, sobre comunidade, sobre emprego informal e outras utilidades mais pra um ensaio monográfico - precisava ler um pouco sobre como a maioria das pessoas entende (ou acham que entende) a realidade que vivem.
Pode não apresentar soluções, estimular um monte de coisa que não são o caminho. Mas eu precisava entender a cabeça desse monte de gente loca. Achei interessante, resolvi postar:

O autor analisa a sociedade contemporânea, mostrando seu esfacelamento devido à doutrina neo-liberal, o culto ao individualismo e o esvaziamento de conceitos como "solidariedade" e "bem- comum". Propõe, em contrapartida, a recuperação do espaço político por meio do exercício da crítica social e individual.
A individualização se tornou o destino de todo habitante de uma grande cidade contemporânea, não uma opção. A sociedade estimula os indivíduos a agirem em função dos problemas e medos que surgem diariamente. E, ao tentar fazer com que as vidas tenham sentido, os homens tendem a culpar suas próprias falhas e fraquezas pelos desconfortos e derrotas que enfrentam. Para o sociólogo polonês Zygmunt Bauman a reação só leva a mais isolamento.
Os efeitos que a atual estrutura social e econômica, com base no que é descartável e efêmero, gera na vida, seja no amor, nos relacionamentos profissionais e afetivos, na segurança pessoal e coletiva, no consumo material e espiritual, no conforto humano e no próprio sentido da existência.
Segundo o sociólogo, a precificação generalizada da vida social e a destruição criativa própria do capitalismo suscita uma condição humana na qual predominam o desapego, a versatilidade em meio à incerteza e a vanguarda constante do eterno recomeço.

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