terça-feira, 27 de abril de 2010

aiai...

E cá estou eu, tal qual Madame Butterfly de Puccini
Esperando notícias da metrópole que há muito esqueceu seus laços;
Tal qual Johnny Cash, com o cigarro terminando no canto da boca, a cerveja quente
Fazendo chorar as teclas do piano, ou, do computador;
Um Caio Fernando Abreu que, detrito pós-moderno, afogado em si
ainda espera o beijo capaz de redimi-lo;
Um Bukowski cafajeste, bêbado, sujo
Desesperançado, desencontrado;
Romeu desesperado pensando em como ver Julieta;
Frida despedaçada entre a revolução e a distração;
A valsa de Amelie Poulain recolhendo pedacinhos
sobre seu amor;
Cordel do Fogo Encantado acabado sem antes ver
os óin do seu amor que são dois jarrinho de flor que todo mundo quer cheirar;
E eu quero você, um pouquinho mais, tanto e tanto... como eu posso fechar essa porta tendo ainda essa vontade tão grande na boca?

.