quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O Comunismo e a Família


"O Estado dos Trabalhadores tem necessidade de uma nova forma de relação entre os sexos. O carinho estreito e exclusivista da mãe por seus filhos tem que ampliar-se até dar conta de todos os filhos da grande família proletária.

Ao invés do matrimônio indissolúvel, baseado na servidão da mulher, veremos nascer a união livre fortalecida pelo amor e o respeito mútuo de dos membros do Estado Operário, iguais em seus direitos e em suas obrigações.

Ao invés da família de tipo individual e egoísta, se levantará uma grande família universal de trabalhadores, na qual todos eles, homens e mulheres, serão antes de tudo trabalhadores e camaradas. Estas serão as relações entre homens e mulheres na Sociedade Comunista de amanhã. Estas novas relações assegurarão à humanidade todos os gozos do chamado amor livre, enobrecido por uma verdadeira igualdade social entre companheiros, gozos que são desconhecidos na sociedade comercial capitalista.

Abram caminhos à existência de uma infância robusta e sana; abram caminhos a uma juventude vigorosa que ame a vida com todas suas alegrias, uma juventude livre em seus sentimentos e em seus afetos!

Esta é a consigna da Sociedade Comunista. Em nome da igualdade, da liberdade e do amor, fazemos um chamado a todas as mulheres trabalhadoras, a todos homens trabalhadores, mulheres camponesas e camponeses para que resolutamente e cheios de fé se entreguem ao trabalho da reconstrução da sociedade humana para fazê-la mais perfeita, mais justa e mais capaz de assegurar ao indivíduo a felicidade a que tem direito.

A bandeira vermelha da revolução social que tremulará em vários países do mundo proclama que não está longe o momento em que poderemos gozar do céu na terra, ao que a humanidade aspira desde há séculos."

(Alexandra Kollontai in O Comunismo e a Família)

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